A Campanha da Fraternidade 2012 surge dentro de uma perspectiva histórica de comprometimento da Igreja com a questão da saúde e, particularmente neste ano, com a saúde pública, sobretudo o SUS, emtermos de avaliação e de apoio para que esse sistema se implante efetivamente.
Um dos objetivos principais é reforçar esse patrimônio da sociedade brasileira que é o SUS. Porque é um sistema universal, que é para todos, e ele concretiza aquilo que está na Constituição Brasileira, de que a saúde é um dever do Estado e um direito de todos os cidadãos.
A campanha da Fraternidade vai tocar o tema da saúde pública porque infelizmente o SUS ainda não se realizou de forma plena. Nós temos problemas na área da gestão dos recursos, tanto no ponto de vista de onde se gasta o dinheiro, que é dinheiro público, e sobretudo ainda há questões de dinheiro que é desviado. Existe a famosa corrupção. Mas também há um descompasso entre a qaulidade de serviços oferecidos e a população. Houve um crescimento da população , e os serviços de saúde não cresceram na mesma proporção. Em algumas áreas, inclusive, esses atendimentos diminuíram. E ainda há a necessidade que que especialmente os gestores municipais se comprometam efetivamente para implantar o serviço, como é sua responsabilidade.
O lema da Campanha da Fraternidade é muito oportuno porque, baseado no livro do Eclesiástico, clama que a saúde de difunda sobre a Terra. Quer dizer, sabemos que fazer saúde e promover saúde não são simplesmente tratar o doente. É , talvez, mais ainda, prevenir as doenças. Daí a importância das igrejas, das comunidades, de todas as pastorais se envolverem nessa campanha para que ela de fato seja promotora de saúde, para que a população tenha acesso à saúde quando precisa, e sobretudo para que possa ter uma vida saudável.
José Bernardi, frei capuchinho, secretário Executivo da Pastoral da Aids. Revista Mundo Jovem-fev. 2012- Nº 423
"Se o paciente não fizer a sua parte, de cuidar da alimentação, fazer atividades física, parar de fumar, o trabalho dos médicos é ínfimo, corresponde de 2 a 3% dos benefícios que o paciente pode colher."
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